Eles podem parecer ultrapassados, caretas e um tanto sisudos, mas nunca os blazers e os cardigãs representaram tanto frescor na moda masculina. Redescoberta e revisitada, a alfaiataria clássica deixou de ser apenas roupa de gala ou de trabalho, ganhando ruas e baladas com tremenda versatilidade. Na verdade, é pura questão de hábito. E de informação. Usar a “terceira peça” pode resolver uma produção básica e fazer a diferença entre meninos e homens. Experimente arrematar a dupla jeans e camiseta branca com um blazer cinza ou marinho, de corte mais ajustado. Efeito imediato de maturidade garantido – pelo menos na embalagem. E se, no horário comercial, os termômetros estiverem amenos, troque aquele pulôver de gola V, usado sob o paletó e que deixa aparecer apenas o nó da gravata, por um cardigã. Além de valorizar a gravata, vai salpicar modernidade no seu look mais formal.
O retorno dos blazers foi alavancado pelas novas bandas roqueiras, mais preocupadas com o figurino e que foram buscar inspiração em ícones como os Beatles e os Rolling Stones, sempre muito alinhados. Com os cardigãs, a “culpa” foi da febre vintage que instalou-se na moda há algum tempo e que fez o guarda-roupa do vovô virar objeto de desejo. Parece irônico que duas peças tão tradicionais possam ser a solução para homens de todas as idades? Bem, tudo depende de como são usadas, claro. O segredo está em misturar universos.
O mesmo se aplica ao cardigã que, liso e sóbrio, vai ao escritório com elegância; colorido ou listrado, está pronto para momentos de diversão, com a mesma bossa. Os materiais também são bons aliados. No verão, procure por aqueles que levam algodão na composição. Existem mil maneiras de se divertir com blazers e cardigãs, escolha a sua.
Por Sylvain Justum
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