Como já vem acontecendo em algumas coleções, os homens mais viris, com presença marcante e mais rústica têm sido muito vistos nos desfiles masculinos, deixando aquele homem mais empertigado e arrumadinho para trás. Nada a ver com sexualidade, são apenas desejos diferentes, que se manifestam na moda em momentos alternados.
Temas como a roupa de trabalho ou esportes violentos como o rugby ou o boxe entram em jogo e novas atitudes são vistas nas passarelas. No geral o estilo é mais despojado, mais solto, com sobreposições e silhuetas mais confortáveis.
O passado e a tradição também aparecem e dão as cartas em desfiles saudosistas ou de perfume vintage. Um outro estilo que se fez notar no conjunto das apresentações internacionais foi o das cidades do início de século 20, com suas silhuetas mais estreitas, os chapéus coco e as bengalas. Outro acessório que também dá um clima vintage e cujas origens está na roupa de trabalho é o suspensório, que tem aparecido bastante.
Cores
As cores estão bem neutras e sóbrias, com o predomínio do preto e do cinza. Cores boas para tempos difíceis, tanto para o consumidor como para o confeccionista, já que têm duração mais prolongada. Dentre os tons mais neutros, as variações de bege e marrom também são frequentes: beges rosados, areia e tons de camelo e caramelo, que chegam até o mostarda. Dentre as cores mais fortes, o vermelho - do vivo ao ameixa - e o azul - noite, claro e turquesa - foram as que mais apareceram.
Veludo liso e musseline transparente
Os tecidos bem pesados e rústicos, como lãs e tweeds, estiveram presentes, mas um perfume de sofisticação se fez notar com o veludo liso, o jacquard e as sedas. Texturas mais afeitas ao guarda-roupa feminino, como a das musselines transparentes, trouxeram novidade e ousadia numa temporada de crise. Tricôs artesanais e patchwork deram um toque mais campestre a algumas coleções.
Peças-chave
De longe, os sobretudos e os casacos foram as peças mais marcantes da estação. As produções mais descontraídas deram espaço para as sobreposições em que se viram coletes, malhas de tricô, cachecóis e chapéus. Entre as peças mais ousadas, sobressaem-se casacos que partem de peças tradicionais do guarda-roupa masculino e que reapareceram remontados, invertidos e com tecidos diferentes numa mesma peça.
As calças vieram estreitas, sedimentando a tendência skinny, mas com sobra na barra e muitas vezes mais curta. Porém, dando continuidade à história da saruel e da "jodhpur", surgem variações elegantes de calças largas, derivadas dos modelos tradicionais de alfaiataria, sem no entanto desprezar um certo perfume streetwear.
Fonte: Uol Estilo
Fonte: Uol Estilo
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