O que a camisa social representa para o homem que dela precisa diariamente? Dependendo de seu dono, pode ser um martírio sufocante ou um caso de amor sem fim. Na primeira hipótese, o uso da peça passa a ser quase automático, uma questão de abrir e fechar botões, verificar se a dita combina com a gravata mais próxima e ponto final. Mas quando se trata de uso prazeroso e envolvimento com outros valores - principalmente elegância – o homem mostra-se detalhista e exigente.
Entre os que se encontram nessa tribo de dândis quase em extinção, aqui ou além da linha do Equador, a marca e a qualidade é que fazem a diferença. Mas esses seres refinados não escolhem as provocações estampadas na mídia sofisticada e nem nos palpites dos personal trainers de plantão. A grife para eles em matéria de camisa social é a parisiense Chavret, fundada em 1896, que vestiu do rei Eduardo VII ao Duque de Windsor, de Gustave Eiffel a De Gaulle, de Zola a John Kennedy, entre outros sabedores da arte de escolher e vestir uma camisa.
Para os não iniciados, a Chavret, que se localiza na Place Vendôme, é uma espécie de palácio, com muito andares, salões e salinhas, às ordens para as delícias masculinas do vestir. As camisas podem ser prêt-à-porter, prontinhas para usar, ou, coisa fina, sob medida. Melhor dizendo, estilo alta-costura. O cliente escolhe o tecido e a cor, o modelista tira as medidas (incluindo a dos pulsos, nos quais o lado esquerdo deve ser um pouco mais generoso do que o direito, uma vez que é lá que se coloca o relógio dos destros) troca-se idéias sobre punhos, colarinhos, botões e monogramas.O ritual só termina quando o pagamento é feito, mas o feliz cliente sente-se como um rei. Afinal de contas, US$ 500 não é nada para quem se pode dar ao luxo de tal distinção.
Fonte: http://www.quemodaessa.blogspot.com/
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